janeiro 7, 2021
7min de leitura
Ariane G.
O objetivo desse GIT tutorial é apresentar tudo o que você precisa para começar a usá-lo.
Primeiro de tudo, entenda que o GIT é um sistema de controle de versão, também conhecido pela sigla VCS – version control system.
Os VCS são uma ótima forma de otimizar o trabalho ao analisar as alterações feitas em um código de projeto compartilhado, além de ser um componente fundamental do sistema de gerenciamento de configuração de software que cuida das mudanças que precisam ser feitas em um projeto.
As alterações/revisões/ atualizações feitas são identificáveis através de códigos de letra ou números. Informações como data e a identidade do autor da alteração também são mantidas.
Neste tutorial, vamos focar no GIT, um dos sistemas de controle de versão mais usados no mundo.
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Conteúdo
Em 2005, Linus Torvalds (o homem conhecido por criar o núcleo, ou kernel, do SO Linux) desenvolveu o GIT, que desde então tem sido ativamente mantido por Junio Hamano, um engenheiro de software japonês.
Atualmente, o GIT é um dos mais famosos sistemas de controle de versão de código aberto e milhões de projetos no mundo inteiro o utilizam para seu controle de versão (incluindo projetos comerciais e de código aberto).
O Git é totalmente grátis e pode ser instalado em Mac, Linux, Windows e Solaris diretamente do site oficial . Algumas das características essenciais do GIT são:
O GIT é consideravelmente simples de usar. Para começar, você pode criar um repositório ou conferir um já existente. Após a instalação, um simples git-init
irá deixar tudo pronto. Da mesma maneira, o comando git clone
pode criar uma cópia de um repositório local para um usuário.
Nos parágrafos abaixo vamos ensinar a maneira mais simples de instalar o Git em diversos sistemas operacionais:
Instalar o GIT no Windows é tão simples como baixar um instalador e executá-lo. Execute os seguintes passos para instalar o GIT no Windows:
git config --global user.name "João Silva" git config --global user.email "exemplo@seuemail.com.br"
Nota: Lembre de substituir João Silva e exemplo@seuemail.com.br com seus dados. Qualquer commit criado posteriormente será associado à esses dados.
Existem muitas maneiras de instalar o GIT em um Mac. Inclusive, há uma chance de que o GIT já esteja no seu computador se você tiver o XCode instalado. Execute o seguinte comando no terminal para verificar:
git --version
Se você obtiver uma resposta como git version 2.7.0 (Apple Git-66)
, então você está com sorte. Caso você não tenha resposta, execute os seguintes passos:
git --version
para confirmar se a instalação foi bem sucedida.git config --global user.name "João Silva" git config --global user.email "exemplo@seuemail.com.br"
Nota: Lembre-se de substituir João Silva e exemplo@seuemail.com.br com seus dados. Qualquer commit criado posteriormente será associado à esses dados.
Se você é um usuário Linux, então deve estar acostumado com instalar programas e pacotes em seu computador usando comandos de instalação apt-get
ou yum
. Instalar o GIT não é diferente:
Para usuários Debian/Ubuntu (apt-get):
Sudo apt-get update Sudo apt-get install git
git --version
.git config --global user.name "João Silva" git config --global user.email "exemplo@seuemail.com.br"
Nota: Lembre-se de substituir João Silva e exemplo@seuemail.com.br com seus dados. Qualquer commit criado posteriormente será associado à esses dados.
Você pode baixar pacotes do GIT usando yum e dnf.
Sudo dnf install git Sudo yum install git
git --version
.git config --global user.name "João Silva" git config --global user.email "exemplo@seuemail.com.br"
Nota: Lembre-se de substituir João Silva e exemplo@seuemail.com.br com seus dados. Qualquer commit criado posteriormente será associado à esses dados.
Agora que o GIT está instalado e configurado no seu dispositivo, vamos explorar os conceitos básicos do GIT e como começar a usar o GIT.
Um repositório é o maior bem de qualquer projeto controlado por versão. Para transformar qualquer diretório em um repositório GIT, o simples comando git init <directory>
pode ser utilizado. Uma pasta chamada .git também deve começar a existir no diretório em que o comando foi executado.
Por outro lado, se você já tem um diretório e deseja verificar (clone-lo), você pode usar o comando git clone. Se você estiver tentando verificar um repositório local, use o seguinte comando:
git clone /path/to/local/repository
Se você pretende verificar um repositório armazenado remotamente, use:
git clone user.name@host:/path/to/remote/repository
Se você tem uma conta na Hostinger, você pode facilmente clonar e gerenciar repositórios via Painel de Controle > GIT. Por exemplo, se você quer clonar um repositório GIT, basta digitar seu endereço, escolher um ramo e instalar o caminho, e clicar no botão criar.
Após a conclusão da criação, você poderá gerenciar seu repositório na mesma seção.
Agora que o repositório está pronto, vamos falar sobre a estrutura que é mantida pelo GIT.
Cada repositório local consiste em três árvores: o diretório de trabalho que contém os arquivos reais; O índice que desempenha o papel de uma área de teste e o HEAD que é um ponteiro para o último commit feito pelo usuário.
Então, é assim que o fluxo de trabalho pode ser explicado: o usuário adiciona um arquivo ou alterações do diretório de trabalho para o índice (a área de teste) e uma vez revistos, o arquivo ou as alterações são finalmente comprometidos com o HEAD.
Alterações ou adições de arquivos propostas são adicionadas ao índice usando o comando add. Para adicionar qualquer arquivo, o comando é:
git add <nome_do_arquivo>
Se você está realmente confiante o suficiente para fazer essas mudanças no HEAD, então você pode usar o comando commit:
git commit –m “Adicionar qualquer mensagem sobre o commit aqui”
Nota: Uma vez que o comando commit é executado (a partir do diretório de trabalho), o arquivo fica comprometido com o HEAD, mas ainda não é enviado para o repositório remoto.
Depois de confirmar as alterações (e acreditar que elas estão prontas para serem enviadas para o repositório original), você pode usar o comando push.
Uma vez que o git push origin master
é executado de dentro do diretório de trabalho, as mudanças presentes no HEAD são enviadas para o repositório remoto. No comando acima mencionado, o master pode ser alterado para o nome do branch ao qual você deseja que as alterações sejam comprometidas.
Se, no entanto, um repositório existente ainda não tiver sido clonado e você pretende estabelecer uma ligação entre o seu repositório e um servidor remoto, execute o seguinte comando:
git remote add origin <servidor>
Nota: Substitua <servidor>
pelo endereço do servidor remoto.
Outra característica brilhante (mas avançada) do GIT é sua capacidade de permitir que desenvolvedores e gerentes de projeto criem vários ramos (branches) independentes dentro de um único projeto.
O objetivo principal de um branch é desenvolver novas funcionalidades, mantendo-os isolados uns dos outros. O branch padrão em qualquer projeto é sempre o master branch. Tantos branches quanto necessários podem ser criados e eventualmente mesclados ao master branch.
Um novo branch pode ser criado usando o seguinte comando:
git checkout -b feature_n *
feature_n é o nome do branch.
Se você deseja retornar ao master branch, o seguinte comando pode ser usado:
git checkout master
Qualquer branch pode ser excluído usando o seguinte comando:
git checkout -b feature_n
Para tornar o branch disponível para outros usuários, você terá que movê-lo para o repositório remoto. Para fazer isso, use o seguinte comando:
git push origin feature_n
Caso você queira atualizar seu diretório de trabalho local para o mais recente do repositório remoto, o simples comando git pull
pode ser usado.
Para mesclar outro branch (dar um merge) no atualmente ativo, use: git merge feature_n
.
Se você der um merge ou pull, o GIT sempre tenta lidar com os conflitos por conta própria, mas as vezes não consegue. Em caso de falha devido a conflitos, o usuário tem que resolver os conflitos manualmente. Depois de editar os arquivos (para erradicar conflitos), marque-os como merged usando:
git add <nome.arquivo>
Se antes do merge você desejar visualizar as alterações, o seguinte comando pode ser executado:
git diff <nome_branch_origem> <nome_branch_alvo>
Antes de lançar atualizações/alterações de software, é sempre recomendado criar tags. Para fazer isso no GIT, use o seguinte comando:
git tag 1.1.0 1c2d2d56fa
O 1c2d2d56fa no comando acima refere-se aos primeiros 10 caracteres do commit-id que é referenciado com a tag. O ID de commit pode ser encontrado no log.
O histórico do repositório pode ser estudado através do log. O comando git log
recupera as informações. Para recuperar os commits feitos por um único usuário, você pode usar:
git log --author =Smith
Uma versão compactada do log (um commit por linha) pode ser visualizada usando:
git log --pretty=oneline
Para exibir somente os arquivos que foram alterados:
git log --name-status
Se você acabou fazendo bagunça e precisa reverter as alterações feitas em qualquer arquivo, faça isso usando o seguinte comando:
git checkout -- <nomedoarquivo>
Isso substituirá as alterações da árvore de trabalho pelos últimos dados presentes no HEAD. Quaisquer alterações que já tenham sido adicionadas ao índice não serão prejudicadas.
Por outro lado, se todas as alterações/commits locais devem ser eliminados e o master branch local for necessário para apontar para o histórico mais recente do servidor, execute os seguintes comandos:
git fetch origin git reset --hard origin/master
No mundo de projetos de software, é sempre reconfortante saber que alguém está cuidando de toda a gestão de código para você.
Nosso GIT Tutorial para iniciantes irá ajudar qualquer desenvolvedor para começar a utilizar o GIT, que é um rigoroso (e muito útil) sistema de controle de versão com uma infinidade de recursos. Se quiser saber mais sobre comandos GIT, consulte nosso tutorial.
Ficou com alguma dúvida? Tem alguma sugestão? Comente abaixo!
maio 28 2019
Bom tutorial. Tentaria fazer o pedido de outro tutorial acerca do rebase vantagens e perigos. Obrigado
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