A Luta Contra a Fast Fashion: Inovação e Sustentabilidade

A Luta Contra a Fast Fashion: Inovação e Sustentabilidade

Com nossos tempos se tornando cada vez mais incertos, lutar contra a fast fashion ou em português, moda rápida, é mais uma responsabilidade do que uma decisão. Chegou a hora de dar importância para as práticas comerciais sustentáveis. Isso vale tanto para o mundo da moda, quanto para qualquer outro – soluções para minimizar o desperdício precisam ser encontradas.

Matthieu e Justina Soltysiak estão bem cientes disso. Eles são o casal que deram vida a La Petite Alice, uma marca de roupas feita à mão e sob encomenda localizada em Vilnius na Lituânia. Nos últimos anos, eles atingiram a marca de 36 mil itens feitos, graças a vários canais de vendas, sendo seu site o principal.

Confira como esse casal empreendedor uniu seus valores com sua renda, como eles alavancaram seu site e qual é a visão deles para o futuro.

O Início de Tudo

Matthieu e Justina não são como a maioria dos donos de marcas de roupas. Nenhum dos dois tem formação em costura ou design de roupas. O que eles têm em comum é a visão de que a moda deve ser atemporal. 

Tudo começou em 2016, quando Justina estava lutando para encontrar roupas orgânicas e atemporais para sua primeira filha. “Eu não gostei do que encontrei nas lojas, então decidi criar algo sozinha e encomendei a primeira peça de roupa para a Alice. Como tive uma experiência positiva, decidi compartilhar sobre ela com outras pessoas no Instagram. Muitas pessoas se interessaram pelas roupas na mesma hora. Não era nosso objetivo de ter um negócio – eu o chamei de La Petite Alice apenas por diversão.”

Justina colocou o primeiro item que eles tinham no Etsy, uma loja online de artes e produtos feitos à mão. Uma pessoa no Japão comprou e encomendou sete peças. Depois de alguns anos, com as vendas acelerando em um ritmo crescente, tomamos a decisão da La Petite Alice se tornar independente e criamos um site. 

Com experiência em marketing digital, Matthieu dirigia uma pequena agência que ajudava os clientes a desenvolver sites. Ele assumiu o novo negócio como se fosse mais um de seus clientes. Logo, melhorar a experiência online da La Petite Alice ocupou quase todo o seu tempo, e não havia mais razão para continuar trabalhando com seus outros clientes. “Minha esposa se tornou minha única cliente”, diz Matthieu. 

A ideia inicial para o negócio não era motivada pelo lucro. Era sobre mostrar o que poderia ser feito com algumas ideias e pedaços de linho. “Eu queria oferecer roupas bonitas que as pessoas não conseguiam encontrar nas lojas”, diz Justina. A produção teve que ser ampliada devido ao grande número de pedidos que eles começaram a receber.

Roupas Feitas Por Encomenda vs. Fast Fashion

Os Soltysiaks tinham um objetivo: queriam aplicar seus princípios desde o início da marca. Eles adotaram uma abordagem diferente: roupas feitas por encomenda e sempre com a sustentabilidade presente.

“Nunca produzimos em larga escala – não é como imaginamos que a indústria de roupas deve ser”, diz Matthieu. “Estamos tentando voltar aos tempos em que as pessoas iam a um alfaiate e tinham um terno feito sob medida que duraria de 10 a 15 anos”.

Pulkit Gupta, analista de estratégia e desenvolvimento da La Petite Alice, observa que mudar a mentalidade das pessoas sobre a moda é um desafio. “Para marcas como a Zara, leva quatro semanas para que as roupas cheguem nas lojas – da ideia ao mercado. E para marcas como Shein, leva ainda menos – apenas duas semanas, o que é uma loucura.”

A La Petite Alice adota uma abordagem mais reflexiva para a produção de roupas. “Queremos aproveitar ao máximo cada material, e tudo é feito localmente. Temos muito orgulho disso”, dia Matthieu.

Benefícios de Ter um Site: Receber Pedidos Assim que são Feitos

A La Petite Alice agiliza os processos fazendo apenas o que é necessário. Usando um sistema online, a empresa pode receber pedidos na mesma hora em que são feitos no site. 

La Petite Alice fashion

A marca também adotou uma abordagem inteligente para contratar uma equipe. Em vez de operar uma fábrica, a empresa emprega mães e pessoas que querem trabalhar em casa.” Dessa forma, elas podem gerar renda para a família delas”, diz Matthieu. “Queremos que as pessoas trabalharem em boas condições – não em uma fábrica, mas sim, com segurança em casa.”

Pode parecer caótico ter uma equipe criando roupas remotamente, mas a La Petite Alice tentou simplificar o processo. No passado, os pedidos chegavam através de vários canais diferentes, e tudo tinha que ser feito dentro do cronograma. 

Desenvolvemos um sistema de gerenciamento que centraliza os diferentes métodos de pedidos, otimizando o processo de pedido, produção e envio. Para usar esse sistema, o desenvolvedor precisava de uma hospedagem com SSH que melhorasse a velocidade do site. Foi assim que La Petite Alice conheceu a Hostinger.

Juntando-se à Hostinger

Matthieu escolheu a Hostinger após saber que temos compatibilidade com WordPress e WooCommerce. “Eu não conseguia fazer com que o site carregasse rápido, então eu estava procurando um provedor de hospedagem que me ajudasse com a velocidade e estabilidade. A integração completa do LiteSpeed foi um divisor de águas.”

A Hostinger deu a eles espaço para inovar e criar soluções para os problemas que identificaram. “Estamos tentando centralizar os pedidos de várias plataformas diferentes”, diz Matthieu. “Como não mantemos um estoque e fazemos roupas por encomenda, precisávamos encontrar uma maneira de gerenciar os pedidos e a produção. O sistema que desenvolvemos em nosso site simplifica o processo – talvez isso seja útil para outras empresas também!” 

Matthieu confessou que no início teve um pouco de dificuldade com a plataforma da Hostinger por não ter muita familiaridade com a interface. “Não era o que eu estava acostumado, faltavam alguns recursos. Apesar disso, gostei muito da simplicidade do painel do WordPress – ele mostra detalhes importantes do site sem precisar fazer login.” 

O recurso que ele mais gosta é a ferramenta para testes do WordPress. Ela possibilita ver as alterações do site antes de seus clientes. “Isso economiza tempo, e eu não preciso criar um subdomínio para testar as alterações. É uma ferramente muito útil”.

Adversidades e Aprendizados

O caminho para o sucesso de Matthieu e Justina nem sempre foi fácil. Apesar de triplicar a receita de La Petite Alice nos últimos cinco anos, a guerra na Ucrânia e a COVID-19 afetaram as vendas significativamente. Isso e seu modelo de negócios de roupas feitas por encomenda, trouxeram grandes desafios. 

Para quem quer começar um negócio como o deles, Matthieu tem um conselho: vá devagar e tenha cuidado. “Já chegamos a ficar sobrecarregados por aceitar muitos pedidos e não conseguir produzir a tempo”, diz ele. “Medimos nosso sucesso pelo aumento das vendas e, ao mesmo tempo, pela capacidade de ter recursos suficientes para permanecer em uma marca que produz por encomenda.”

A La Petite Alice olha para o futuro com entusiasmo. Com uma equipe de cinco pessoas, a empresa tem planos de apresentar o conceito da marca e de vender as roupas que sobram e não são utilizadas. “Nós não temos planos de abrir uma loja física, isso é tão 2005!”, brinca Matthieu. “As lojas virtuais são o futuro!”

“A vida e a paixão pela beleza e pela arte nos trouxeram até aqui e o futuro ainda é uma incógnita!” 

Author
O autor

Larissa Folch

A Larissa é uma engenheira química que adora ciência e gosta de aprender sobre “tudo e todas as coisas”. Ama os animais e cultua bons livros. Assiste Harry Potter incansavelmente, ama música eletrônica e correr ao ar livre. Curte muito escrever e estudar inglês.